Em 2011, sob a égide da Unesco celebra-se o Ano Internacional das Florestas. Com o tema “Floresta para todos”, esta é uma celebração que pretende “mobilizar a comunidade mundial no sentido de assegurar que as florestas sejam geridas de modo sustentável para as gerações actuais e vindouras”.
Segundo dados do PNUMA– Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, servindo de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo e, ainda, garantindo, de forma directa, a sobrevivência de 1,6 biliões de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre.
A floresta actual resulta de um longo processo evolutivo de milhões de anos, marcado por alterações climáticas, pela evolução genética e pela acção modeladora/destruidora do Homem. Este, desde que apareceu há cerca de 1 milhão de anos, foi o principal agente das grandes transformações em extensão e composição que sofreram os espaços florestais primitivos.
Desde a Laurissilva, floresta do Terciário que ocupava toda a área da bacia do Mediterrâneo, Sul da Europa e Norte de África e que quase desapareceu com a última glaciação, à floresta dos nossos dias, houve sempre uma ligação muito estreita, entre a História dos Homens e a História das Florestas.
Em Portugal, a evolução da floresta tem seguido nos últimos milhares de anos um padrão comum em todo o Mediterrâneo, com a destruição da floresta pristina por fogos frequentes destinados a favorecer o pastoreio, com a utilização dos melhores solos para a cultura de cereais, e com o uso do material lenhoso para combustível e para a construção.
O importante património natural que a floresta integra, tem sofrido constantes pressões e ameaças que conduzem à sua progressiva degradação e destruição.
É urgente alertar e sensibilizar para a necessidade de proteger e salvaguardar o nosso valioso, mas infelizmente vulnerável património florestal.
No I ENCONTRO DA FLORESTA serão debatidos, por especialistas, diversos temas relacionados com a importância, a conservação e a sustentabilidade da Floresta Portuguesa.