Sábado, 04 de Abril
09:00 – Recepção dos participantes;
09:30 – Abertura dos Trabalhos (Câmara Municipal de Seia, Presidente da ALDEIA, ICNB-PNSE);
10:00 - Juan Herrero (Ega Consultores en Vida Silvestre S.L.P) – Perspectivas em Biologia da Conservação;
10:30 – Helena Geraldes (Público) - Comunicação Social como veículo de sensibilização Ambiental;
11:00 – Pausa para café;
11:30 – Eduardo Santos (Programa Lince)- Recuperação do Habitat e Presas do Lince-ibérico no Sul de Portugal: o caso do Programa Lince;
12:00 – José Teixeira (CIBIO-UP, SPH)- Anfíbios de Portugal – Ameaças e necessidade de conservação de um grupo mal-amado;
12:30 – Pausa para almoço;
14:00 – Javier Bustamante (EBD-CSIC) - Detecção remota em Biologia da Conservação;
14:30 – Jacinto Diamantino e Alexandre Silva (CISE) - Plano para a gestão do Teixo (Taxus baccata) nas serras da região centro de Portugal;
15:00 – Rui Cortes (UTAD) - Regeneração ripícola: elemento fundamental da requalificação fluvial;
15:30 – Ricardo Ceia (SPEA-Açores) – Projecto LIFE Priolo: 2003-2008;
16:00 – Carlos Aguiar (IPB - ESA) – “Conservação da flora ultrabásica no NE de Portugal”;
17:00 – Pausa para Café;
17:30 – Helena Rio Maior - O Lobo no Alto Minho: novos desafios na investigação e conservação de uma espécie ameaçada;
18:00 – Hugo Costa (Bio3) - Biologia da conservação do ponto de vista Empresarial;
18:30 – Visita ao CISE.
Domingo, 05 de Abril
09:30 – Carlos Pacheco (Mãe d'agua)– Evolução da Águia-imperial na Península Ibérica;
10:30 – Pedro Moreira – Lagartixa-da-montanha da Serra da Estrela: estudos de acompanhamento da população;
11:00 – José Conde (CISE) - Prionotropis flexuosa um gafanhoto novo para a Estrela: dados sobre a sua distribuição e ameaças;
11:30 – Rafael Neiva (PNSE) - Serra da Estrela Gestão e Conservação de Habitats prioritários;
12:00 – Sessão de encerramento;
12:30 – Almoço;
14:00 – 19:00 – Visita interpretativa à serra da Estrela com visita ao CERVAS;
Programa da Visita:
A visita será efectuada em autocarro e consta de um circuito a realizar na área do PNSE, prevendo-se paragens em locais de interesse biológico, geológico e paisagístico, e uma visita às instalações do CERVAS - PNSE, em Gouveia.
Em alguns destes locais realizar-se-ão pequenos percursos pedestres para observação dos valores naturais presentes, pelo que se aconselha o uso de vestuário e calçado apropriado.
14:00: Seia – partida em autocarro do CISE;
14:45: Torre (inclui visita ao Centro de Interpretação da Torre do Parque Natural da Serra da Estrela);
Na Torre, a 1993 metros, situa-se o ponto mais alto do território continental português. Este local, conhecido no passado por Malhão da Serra, deve a sua designação a uma construção em pedra que o príncipe D. João, em 1806, mandou aí erguer. Na década de 50 do século XX, a Força Aérea Portuguesa instalou uma estação de radar, que em 1970 foi desactivada.
A altitude elevada, a precipitação abundante, frequentemente sob a forma de neve durante o Inverno, os ventos fortes e as temperaturas baixas condicionam o desenvolvimento da vegetação, que apresenta porte rasteiro e inclui diversos elementos florísticos setentrionais, como o feto Cryptogramma crispa.
No período estival observam-se várias aves características de montanha, como o melro-das-rochas (Monticola saxatilis) e o chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe), entre outras. No Inverno é possível observar aves típicas das regiões árcticas ou alpinas, como a escrevedeira-das-neves (Plectrophenax nivalis) e a ferreirinha-serrana (Prunella collaris).
15:45: Lagoa Comprida (inclui percurso pedestre ao longo da margem norte da lagoa);
A Lagoa Comprida, situada a uma altitude de cerca de 1600 metros, na zona de transição entre os andares intermédio e superior, caracteriza-se por possuir uma elevada biodiversidade, quer a nível faunístico, quer florístico. A vegetação desta área é dominada, essencialmente, por matos de zimbro (Juniperus communis) e urzes (Erica australis e Calluna vulgaris) e prados de altitude, podendo ser observadas espécies únicas em Portugal, como o heléboro-branco (Veratrum album) e a lagartixa-da-montanha (Lacerta monticola).
Na área envolvente, observam-se, ainda, diversos testemunhos da acção glaciária, que incluem alguns dos mais extensos campos de blocos erráticos e algumas das mais bem conservadas charcas de origem glaciária na serra.
A barragem da Lagoa Comprida constitui o maior reservatório de água da serra. A albufeira inunda uma área de 800 mil metros quadrados e tem um volume de armazenamento de 13,8 milhões de metros cúbicos que alimenta um sistema de produção de energia composto por seis centrais hidroeléctricas instaladas a diferentes altitudes na bacia do rio Alva.
16:45: Vale do Rossim;
Vasta área situada a norte do Planalto Superior, que se caracteriza por reunir um interessante conjunto de formas de relevo típicas da morfologia granítica, tais como tors, castle koppies e bornhardts. A vegetação deste local é dominada por plantações de pinheiro-negro (Pinus nigra) e de bétulas (Betula sp.), giestais (Genista sp. e Cytisus sp.) e matos de sargaços (Halimium alyssoides).
Em 1956, a construção da barragem do Vale do Rossim criou uma albufeira com uma capacidade de armazenamento de 3,4 milhões de metros cúbicos, destinando-se a abastecer as centrais do aproveitamento hidroeléctrico da serra da Estrela.
17:45: Gouveia (visita ao CERVAS - PNSE);
O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) é uma estrutura que pertence ao Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE)/Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), situada em Gouveia, que tem como principais objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitates. As linhas de acção do CERVAS são a recuperação de animais selvagens feridos ou debilitados, o apoio e/ou a realização de trabalhos de monitorização ecológica e sanitária das populações de animais selvagens, o apoio e fomento à aplicação do Programa Antídoto – Portugal www.antidoto-portugal.org, a promoção da sensibilização ambiental em matéria de conservação e gestão dos animais selvagens e o funcionamento como unidade intermédia de gestão e transferência de informação e amostras tratadas através de parcerias científicas.