A técnica de Cerâmica Raku tem origem no Japão no século XVII (segundo os registos mais antigos).
Durante 400 anos o Raku esteve exclusivamente associado ao fabrico das taças de chá, características da cultura Japonesa. As suas formas variam ligeiramente, no entanto, a decoração das taças era feita sobretudo pelo processo de vidragem, variando de tal modo, que é quase impossível encontrar duas peças iguais.
A técnica Raku consiste em cozer peças até cerca de 1000ºC e no final da cozedura deixar arrefecer o forno o mais rápido possível até cerca de 800ºC, retirando as peças imediatamente para o exterior. A peça, ainda incandescente, tem de ser colocada num local preparado para o efeito, onde sofrerá variados efeitos químicos e físicos determinados quer pela temperatura, quer pelos materiais usados. Todos estes efeitos são relativamente difíceis de controlar, pelo que, há sempre um lado imprevisível nos resultados obtidos.
Em 1911, o ceramista inglês Bernard Leach estabelece contacto com o ceramista japonês Shoji Hamada e "traz" o conceito técnico do Raku para o ocidente. No início, as primeiras peças desenvolvidas ainda aparecem ligadas às formas tradicionais mas, com a chegada da técnica aos Estados Unidos da América, o Raku dissocia-se destas formas e desenvolve-se sobretudo como um processo técnico, associando-se plenamente às correntes contemporâneas da cerâmica de autor, sendo um bom exemplo disso o trabalho de Paul Soldner dos EUA ou David Roberts do Reino Unido, entre outros.
Hoje em dia a técnica Raku serve de meio a muitos artistas em todo o mundo para se iniciarem na cerâmica, pois é uma abordagem simples e eficaz dos processos próprios desta arte.
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